segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

BOLETIM CBES - 07/02/2008


Pesquisa da USP aponta contaminação em restaurantes japoneses em São Paulo

 Sushis e sashimis contêm microorganismos não citados pela Anvisa

Pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra que os pratos de sushis e sashimis, servidos em restaurantes de São Paulo, estavam impróprios para o consumo em 100% dos casos estudados em 2004, mesmo atendendo aos padrões exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As análises mostraram que, segundo os critérios da Anvisa, 60% das amostras seriam consideradas impróprias para o consumo por apresentarem níveis acima do permitido para o total de coliformes e de cada bactéria prevista na legislação. Os outros 40% das amostras, apesar de estarem em conformidade com os níveis legais, foram positivos para outros microorganismos que podem causar doenças, como E. coli, aeromonas e outros vibrios que não são citados pela legislação brasileira. Dessa forma, todas as amostras de sushis e sashimis apresentavam risco para a saúde, segundo a bióloga e nutricionista, Fernanda de Oliveira Martins. Os dados foram obtidos pela própria pesquisadora e apresentados em sua tese de mestrado Avaliação da qualidade higiênico-sanitária de preparações (sushi e sashimi) à base de pescado cru servidos em bufês na cidade de São Paulo.
Amostragem
A idéia era pesquisar tanto amostras de restaurantes japoneses como amostras de estabelecimentos não-especializados (por quilos e churrascarias, por exemplo). Também se levou em conta a diversidade das condições em que eram apresentadas ao consumidor: expostos com ou sem embalagens; refrigerados ou não. Os pescados escolhidos foram atum, salmão e peixes brancos. A pesquisadora resolveu comprar as amostras como uma consumidora qualquer e, portanto, anonimamente, e levar para viagem. Essa é a razão pela qual os nomes dos estabelecimentos envolvidos não podem ser citados.
Microorganismos
Fernanda estudou seis diferentes microorganismos e um parâmetro que diz respeito à quantidade total de coliformes aceitos pela Anvisa, que seria de 100 NMP/g (número mais provável por grama). Os microorganismos são: E. coli, S. aureus, salmonela, vibrios, B. cereus e aeromonas. É importante lembrar que a Anvisa não estabelece critérios sanitários a respeito do E. coli e das aeromonas, mas eles foram incluídos na pesquisa por haver casos, no Japão, de intoxicação alimentar por esses microorganismos por meio da ingestão de peixe cru, e até mesmo caso de óbito.
Flexibilidade
Mas Fernanda tranqüiliza: os resultados não significam que todo mundo que ingerir esses alimentos vá ter problemas. “Depende muito do organismo da pessoa, da quantidade ingerida, do tipo específico de bactéria que ela ingeriu”, explica. “Pode sim comer, mas sabendo que há riscos. De repente, um simples resfriado pode ser decisivo para a pessoa apresentar sintomas de intoxicação alimentar que não apresentaria se estivesse perfeitamente saudável, por exemplo”. Para auxiliar no combate a doenças causadas pela ingestão de peixes crus, a pesquisadora dá algumas dicas:
- sempre observar a higiene no manuseio dos produtos, desde o momento da pesca;
- servir em temperatura baixa e transportar sob refrigeração;
- quanto mais rápido o processo de preparo e consumo, melhor;
- ao sinal de sintomas como vômito e diarréia, procurar um médico.
Fonte: repórter Naila Okita/ Agência USP de Notícias
Publicação arquivada em: Nutrição, Saúde em Geral
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Testes indicam que pratos com peixes crus são contaminados

Testes indicam que pratos com peixes crus são contaminados
da Folha de S.Paulo
08/02/2008  16h39

A bióloga e nutricionista Fernanda de Oliveira Martins avaliou, para sua tese de mestrado na Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), preparações com atum, salmão e peixes brancos crus em restaurantes de São Paulo.
Os resultados dos testes mostraram que 100% dos pratos avaliados estavam impróprios para consumo, mesmo quando atendiam aos padrões da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
De acordo com os critérios da agência, 60% das amostras seriam consideradas impróprias por conterem número maior de coliformes e bactérias do que o aceitável. Os outros 40%, apesar de aprovados, apresentaram microorganismos que podem causar doenças, mas não são citados na legislação.
Esses microorganismos foram considerados nos resultados da pesquisa porque Martins conhece casos de intoxicação alimentar no Japão por ingestão de peixes crus contaminados por eles. No entanto, não acredita que todos os consumidores correm riscos. Para ela, a intoxicação depende de cada organismo, da quantidade ingerida e do tipo de bactéria.
Foram analisados os produtos de restaurantes japoneses e não-especializados, como os por quilo, e também as condições de exposição e refrigeração dos alimentos. 

Fevereiro 12, 2008 por Claudiada Folha de S.Paulo

A bióloga e nutricionista Fernanda de Oliveira Martins avaliou, para sua tese de mestrado na Faculdade de Saúde Pública da USP (Universidade de São Paulo), preparações com atum, salmão e peixes brancos crus em restaurantes de São Paulo.
Os resultados dos testes mostraram que 100% dos pratos avaliados estavam impróprios para consumo, mesmo quando atendiam aos padrões da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária).
De acordo com os critérios da agência, 60% das amostras seriam consideradas impróprias por conterem número maior de coliformes e bactérias do que o aceitável. Os outros 40%, apesar de aprovados, apresentaram microorganismos que podem causar doenças, mas não são citados na legislação.
Esses microorganismos foram considerados nos resultados da pesquisa porque Martins conhece casos de intoxicação alimentar no Japão por ingestão de peixes crus contaminados por eles. No entanto, não acredita que todos os consumidores correm riscos. Para ela, a intoxicação depende de cada organismo, da quantidade ingerida e do tipo de bactéria.
Foram analisados os produtos de restaurantes japoneses e não-especializados, como os por quilo, e também as condições de exposição e refrigeração dos alimentos.
  1. Mas Fernanda tranqüiliza: os resultados não significam que todo mundo que ingerir esses alimentos vá ter problemas. “Depende muito do organismo da pessoa, da quantidade ingerida, do tipo específico de bactéria que ela ingeriu”, explica. “Pode sim comer, mas sabendo que há riscos. De repente, um simples resfriado pode ser decisivo para a pessoa apresentar sintomas de intoxicação alimentar que não apresentaria se estivesse perfeitamente saudável, por exemplo.”
    Para auxiliar no combate a doenças causadas pela ingestão de peixes crus, a pesquisadora dá algumas dicas:
    - sempre observar a higiene no manuseio dos produtos, desde o momento da pesca;
    - servir em temperatura baixa e transportar sob refrigeração;
    - quanto mais rápido o processo de preparo e consumo, melhor;
    - ao sinal de sintomas como vômito e diarréia, procurar um médico.
  2. Texto original em: http://sitecomidinhas.wordpress.com/2008/02/12/testes-indicam-que-pratos-com-peixes-crus-sao-contaminados/



SUSHIS E SASHIMIS CONTÉM MICRORGANISMOS



Sushis e sashimis contém microrganismos não citados pela Anvisa.

   
Pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra que os pratos de sushis e sashimis, servidos em restaurantes de São Paulo, estavam impróprios para o consumo em 100% dos casos estudados em 2004, mesmo atendendo aos padrões exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As análises mostraram que, segundo os critérios da Anvisa, 60% das amostras seriam consideradas impróprias para o consumo por apresentarem níveis acima do permitido para o total de coliformes e de cada bactéria prevista na legislação. Os outros 40% das amostras, apesar de estarem em conformidade com os níveis legais, foram positivos para outros microrganismos que podem causar doenças, como E. coli, aeromonas e outros vibrios que não são citados pela legislação brasileira. Dessa forma, todas as amostras de sushis e sashimis apresentavam risco para a saúde, segundo a bióloga e nutricionista Fernanda de Oliveira Martins.
Os dados foram obtidos pela própria pesquisadora e foram apresentados em sua tese de mestrado Avaliação da qualidade higiênico-sanitária de preparações (sushi e sashimi) à base de pescado cru servidos em bufês na cidade de São Paulo.
Amostragem 
A idéia era pesquisar tanto amostras de restaurantes japoneses como amostras de estabelecimentos não-especializados (por quilos e churrascarias, por exemplo). Também se levou em conta a diversidade das condições em que eram apresentadas ao consumidor: expostos com ou sem embalagens; refrigerados ou não. Os pescados escolhidos foram atum, salmão e peixes brancos.
A pesquisadora resolveu comprar as amostras como uma consumidora qualquer e, portanto, anonimamente, e levar para viagem. Essa é a razão pela qual os nomes dos estabelecimentos envolvidos não podem ser citados.
Microorganismos Fernanda estudou seis diferentes microorganismos e um parâmetro que diz respeito à quantidade total de coliformes aceitos pela Anvisa, que seria de 100 NMP/g (número mais provável por grama). Os microorganismos são: E. coli, S. aureus, salmonela, vibrios, B. cereus e aeromonas. É importante lembrar que a Anvisa não estabelece critérios sanitários a respeito do E. coli e das aeromonas, mas eles foram incluídos na pesquisa por haver casos, no Japão, de intoxicação alimentar por esses microorganismos por meio da ingestão de peixe cru, e até mesmo caso de óbito.
Flexibilidade Mas Fernanda tranqüiliza: os resultados não significam que todo mundo que ingerir esses alimentos vá ter problemas. "Depende muito do organismo da pessoa, da quantidade ingerida, do tipo específico de bactéria que ela ingeriu", explica. "Pode sim comer, mas sabendo que há riscos. De repente, um simples resfriado pode ser decisivo para a pessoa apresentar sintomas de intoxicação alimentar que não apresentaria se estivesse perfeitamente saudável, por exemplo."
Para auxiliar no combate a doenças causadas pela ingestão de peixes crus, a pesquisadora dá algumas dicas:
- sempre observar a higiene no manuseio dos produtos, desde o momento da pesca;
- servir em temperatura baixa e transportar sob refrigeração;
- quanto mais rápido o processo de preparo e consumo, melhor;
- ao sinal de sintomas como vômito e diarréia, procurar um médico.
Naila Okita
Agência USP de Notícias
Publicado em: 01/02/2008 


SUSHIS E SASHIMIS CONTÉM MICRORGANISMOS Pesquisa feita pela Faculdade de Saúde Pública (FSP) da USP mostra que os pratos de sushis e sashimis, servidos em restaurantes de São Paulo, estavam impróprios para o consumo em 100% dos casos estudados em 2004, mesmo atendendo aos padrões exigidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). As análises mostraram que, segundo os critérios da Anvisa, 60% das amostras seriam consideradas impróprias para o consumo por apresentarem níveis acima do permitido para o total de coliformes e de cada bactéria prevista na legislação. Os outros 40% das amostras, apesar de estarem em conformidade com os níveis legais, foram positivos para outros microrganismos que podem causar doenças, como E. coli, aeromonas e outros vibrios que não são citados pela legislação brasileira. Dessa forma, todas as amostras de sushis e sashimis apresentavam risco para a saúde, segundo a bióloga e nutricionista Fernanda de Oliveira Martins.




texto original em: http://pt.shvoong.com/medicine-and-health/1773148-sushis-sashimis-cont%C3%A9m-microrganismos/

Nutrição em foco - Faculdade São Miguel


100 trilhões de bactérias em nosso corpo


A maior quantidade e diversidade de bactérias que colonizam o corpo humano é encontrada no trato gastrintestinal. Essa comunidade bacteriana tem funções antibacteriana, imunomoduladora e nutricional. Ter uma microbiota intestinal estável e bem equilibrada é um dos fatores para se garantir boa saúde, portanto, a introdução de espécies bacterianas benéficas no trato gastrintestinal pode ser uma opção atrativa para restabelecer o equilíbrio microbiano, por métodos dietéticos, e prevenir doenças. Diversos benefícios nutricionais e fisiológicos têm sido atribuídos aos probióticos, entre eles ações positivas em casos de constipação intestinal, diarréia, doença inflamatória intestinal, síndrome do intestino irritável, infecções, entre outros. Cada cepa de bactéria probiótica tem efeito específico e diferente sobre o hospedeiro. Nos últimos anos houve um aumento do interesse pelos benefícios terapêuticos dos probióticos e cada vez mais estudos têm sido realizados.

Resumo do artigo da Dra Fernanda Martins

Crianças brasileiras têm carência de vitaminas e sais minerais

Uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal de São Paulo acompanhou a alimentação de mais de 3 mil crianças durante oito meses. O estudo foi feito em Pernambuco, Amazonas, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

"Elas costumam pedir macarrão instantâneo, achocolatado, bolacha recheada. Você percebe que é uma coisa que elas comem em casa, é uma coisa do cotidiano delas fora da escola", diz a nutricionista Viviane dos Santos, apontando que os maus hábitos alimentares são formados desde o berço.

A pesquisa mostrou que o Brasil tem conseguido reduzir os níveis de desnutrição. E revelou também que o maior problema hoje não é o acesso aos alimentos, mas a escolha do que oferecer à criança e a forma de preparar a comida.

Os nutricionistas constataram que as escolas públicas oferecem a melhor refeição - completa e balanceada. Nas escolas particulares, a alimentação também é boa. O problema está em casa.

A ingestão de fibras, vitaminas e ferro é insuficiente. E o consumo de colesterol e gordura trans está acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde. As crianças brasileiras comem frutas, verduras, legumes e leite de menos; e também ingerem doces, gorduras e sal demais.

"Isso pode trazer diversas conseqüências para o futuro. Uma delas, a gente já discute, que é a hipertensão. E o consumo excessivo de sódio faz com que a criança tenha necessidade de líquidos açucarados", explica a nutricionista Fernanda Martins.

O preço do desequilíbrio alimentar pode ser conferido em números alarmantes. Mais de 27% das crianças apresentam excesso de peso, 11% são obesas e 5% têm estatura abaixo da média.

O trabalho deixa um alerta. Mesmo sem faltar comida na mesa, muitas crianças sofrem do que o coordenador da pesquisa chamou de fome oculta.

"A fome oculta é a carência de vitaminas e sais minerais, que podem alterar muito o funcionamento da inteligência, o desenvolvimento da memória, a capacidade de aprendizado e a resistência a infecções", explica Mauro Fisberg.

O levantamento vai servir de base para um relatório que deve ser encaminhado ao Governo Federal.

Portal da Educação Física - www.educacaofisica.com.br


21/09/2008 • Crescimento e Desenvolvimento • 1023 visitas
Estudo sobre carência de vitaminas e sais minerais em crianças
Fonte: G1

Crianças brasileiras têm carência de vitaminas e sais minerais

Uma pesquisa coordenada pela Universidade Federal de São Paulo acompanhou a alimentação de mais de 3 mil crianças durante oito meses. O estudo foi feito em Pernambuco, Amazonas, Rio Grande do Norte, Distrito Federal, Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.

"Elas costumam pedir macarrão instantâneo, achocolatado, bolacha recheada. Você percebe que é uma coisa que elas comem em casa, é uma coisa do cotidiano delas fora da escola", diz a nutricionista Viviane dos Santos, apontando que os maus hábitos alimentares são formados desde o berço.

A pesquisa mostrou que o Brasil tem conseguido reduzir os níveis de desnutrição. E revelou também que o maior problema hoje não é o acesso aos alimentos, mas a escolha do que oferecer à criança e a forma de preparar a comida.

Os nutricionistas constataram que as escolas públicas oferecem a melhor refeição - completa e balanceada. Nas escolas particulares, a alimentação também é boa. O problema está em casa.

A ingestão de fibras, vitaminas e ferro é insuficiente. E o consumo de colesterol e gordura trans está acima do recomendado pela Organização Mundial da Saúde. As crianças brasileiras comem frutas, verduras, legumes e leite de menos; e também ingerem doces, gorduras e sal demais.

"Isso pode trazer diversas conseqüências para o futuro. Uma delas, a gente já discute, que é a hipertensão. E o consumo excessivo de sódio faz com que a criança tenha necessidade de líquidos açucarados", explica a nutricionista Fernanda Martins.

O preço do desequilíbrio alimentar pode ser conferido em números alarmantes. Mais de 27% das crianças apresentam excesso de peso, 11% são obesas e 5% têm estatura abaixo da média.

O trabalho deixa um alerta. Mesmo sem faltar comida na mesa, muitas crianças sofrem do que o coordenador da pesquisa chamou de fome oculta.

"A fome oculta é a carência de vitaminas e sais minerais, que podem alterar muito o funcionamento da inteligência, o desenvolvimento da memória, a capacidade de aprendizado e a resistência a infecções", explica Mauro Fisberg.

O levantamento vai servir de base para um relatório que deve ser encaminhado ao Governo Federal.